Ardem os dedos. E os
olhos
Descem as pálpebras num
mergulho
De íntimas cascatas.
Sou este rio e este eco.
Sons difusos
Que as margens recolhem
em cantochão
De águas vivas.
E sou a superfície do
lago
Fio-de-prumo entre a
montanha
E o sol fagueiro.
Manuel Veiga
"Caligrafia Íntima” - POÉTICA Edições
Lisboa 2017
Sem comentários:
Enviar um comentário