sexta-feira, setembro 22, 2017

ÁGUAS VIVAS...


Ardem os dedos. E os olhos
Descem as pálpebras num mergulho
De íntimas cascatas.

Sou este rio e este eco. Sons difusos
Que as margens recolhem em cantochão
De águas vivas.

E sou a superfície do lago
Fio-de-prumo entre a montanha
E o sol fagueiro.

Manuel Veiga

"Caligrafia Íntima” - POÉTICA Edições
Lisboa 2017



Sem comentários:

Desfazer da Tenda....

Desfaz a Tenda dos Milagres, poeta! Pois a ti te bastam os ecos E o topo das montanhas Que são vertigem…   E afasta este azul ní...