Crepúsculo em álgicas quedas de água
Que estas margens têm excesso
De maresia. Entre a dor
E a mágoa…
Ponto em que a noite se esvai em brisa
E cobre o espaço. E funde o negro abraço
No manto enluarado
Do silêncio...
São estes crepúsculos audíveis
Como adeus aos lugares
Onde desejamos estar…
São arco-íris escondido pela bruma
Talvez um sopro. Vibração que se esfuma
Como leve aceno lançado
Ao mar…
Ou talvez a penumbra que reluz
Como nova urgência que se empunha
Ou grito de renúncia
Quebrando o ar...
Manuel Veiga
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