segunda-feira, outubro 16, 2017

INUMANOS DEDOS...


Em cada ausência uma dor viva
Um adeus que se prende num gesto de alvorada
Uma persistência ou teima
Uma duna ou um deserto a clamar
Mais além e a miragem …

Em cada ausência um rosto que se recria
Inumanos dedos a percorrer
As faces da memória
E os ecos …

Como palavra acesa
A mutilação dos corpos…


Manuel Veiga

2 comentários:

LuísM Castanheira disse...

quanto mais perto, mais doi...
poema sentido, poema de aberta ferida.
um bom fim-de-semana, caro amigo.
um forte abraço, MV.

Ana Freire disse...

Nada mais doloroso, do que uma ausência que se sabe ser definitiva...
Excelente momento poético, que tão bem o expressa!
Beijinho
Ana

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