Na esquiva gruta de
resguardo
Das coisas simples.
E no pequeno nome das
ervas
E no trevo dos caminhos
E na inocência do canto
De todas as partilhas.
E no bordão dos
peregrinos
E no livro das Horas
nacarado.
E na espada. E no selo
das promessas.
E em todas as juras.
E nos maculados pés
E no alvoroço dos
portais.
E na fome dos dias por
abrir
Toda a fecunda dor
De todas as colheitas. E
o sândalo
De todos os cansaços.
(poema reeditado)
Manuel Veiga
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