sábado, janeiro 06, 2018

O RITMO DA VIDA...



Coração, meu coração, que afligem penas sem remédio!
Eia! Afasta os inimigos, opondo-lhes o peito adverso.
Mantém-te firme nas ciladas dos contrários
Se venceres, não exultes abertamente
Vencido, não te deites em casa a gemer.

Mas goza as alegrias, dói-te das desgraças
Sem exagero. Aprende a conhecer o ritmo
Que governa os homens!

Arquílogo - Grécia – Séc. VII a.C.

“ROSA DO MUNDO – 2001 Poemas Para o Futuro”
Assírio&Alvim – 3ª Edição – Lisboa 2001



7 comentários:

Larissa Santos disse...

Maravilhoso.

Hoje: Deslaço memórias, d'amor ausente.
.
Bjos e um feliz noite de Reis.

Rogério G.V. Pereira disse...

Conselho tardio,
caro poeta
O meu coração pulsa
ao ritmo da luta

Tais Luso de Carvalho disse...

"Se venceres, não exultes abertamente
Vencido, não te deites em casa a gemer."

Pois é... não regozijar o espírito quando vencedor até dá para segurar, mas não gemer na derrota massacrante, humilhante, é difícil aceitar, o espírito precisa de um alento! Precisa chorar!
Gostei, é bom pensar.
Beijo, Manuel!



LuísM Castanheira disse...

'O que remédio não tem, remediado fica.', mas um bom conselho é sempre bem-vindo.
Os clássicos, lá sabiam...

"A mim o que me mata,
querido efebo, digo-te:
desejo sem prazer,
versos sem graça ou ritmo,
e ceias só com chatos."
Arquílogo

Um caloroso abraço, meu Amigo Manuel.

Manuel Veiga disse...

Efebos à parte
é um bom remate!...

abraço, caro amigo Luis Castanheira

lis disse...

Conselho esse bem necessário aos 'corações de penas sem remédio'
Desde sempre,(também lá na antiguidade), já se pranteava amores mal resolvidos inacabados ou imaginários.
Em demasia,adoece, rs
abraço Veiga

Ana Freire disse...

Há ritmos... que são uma constante... através dos tempos...
Belíssima partilha, Manuel!
Beijinho
Ana

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