Coração, meu coração, que afligem penas
sem remédio!
Eia! Afasta os inimigos, opondo-lhes o peito adverso.
Mantém-te firme nas ciladas dos
contrários
Se venceres, não exultes abertamente
Vencido, não te deites em casa a gemer.
Mas goza as alegrias, dói-te das
desgraças
Sem exagero. Aprende a conhecer o ritmo
Que governa os homens!
Arquílogo - Grécia – Séc. VII a.C.
“ROSA DO MUNDO – 2001 Poemas Para o Futuro”
Assírio&Alvim – 3ª Edição – Lisboa 2001
7 comentários:
Maravilhoso.
Hoje: Deslaço memórias, d'amor ausente.
.
Bjos e um feliz noite de Reis.
Conselho tardio,
caro poeta
O meu coração pulsa
ao ritmo da luta
"Se venceres, não exultes abertamente
Vencido, não te deites em casa a gemer."
Pois é... não regozijar o espírito quando vencedor até dá para segurar, mas não gemer na derrota massacrante, humilhante, é difícil aceitar, o espírito precisa de um alento! Precisa chorar!
Gostei, é bom pensar.
Beijo, Manuel!
'O que remédio não tem, remediado fica.', mas um bom conselho é sempre bem-vindo.
Os clássicos, lá sabiam...
"A mim o que me mata,
querido efebo, digo-te:
desejo sem prazer,
versos sem graça ou ritmo,
e ceias só com chatos."
Arquílogo
Um caloroso abraço, meu Amigo Manuel.
Efebos à parte
é um bom remate!...
abraço, caro amigo Luis Castanheira
Conselho esse bem necessário aos 'corações de penas sem remédio'
Desde sempre,(também lá na antiguidade), já se pranteava amores mal resolvidos inacabados ou imaginários.
Em demasia,adoece, rs
abraço Veiga
Há ritmos... que são uma constante... através dos tempos...
Belíssima partilha, Manuel!
Beijinho
Ana
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