Colher-te, frágil flor, assim sanguínea,
Tão exposta, é apenas outra forma de dizer-te.
Que nomear-te é expressão quente
De bocas peregrinas.
Númen e nome na semente de teu grito!
Detenho-me – teu rosto ígneo! E despenho-me
Reflexo de ti em mim. E nessa distância onde me levas,
Ondas sem fronteiras na pele de meu desejo:
Onde tu moras - castelã de mil torneios!…
Celebro-te no fragor de mil batalhas
E ergo hossanas. E sou guerreiro-monge e trovador
De mil toadas
Onde (te) fundeio!
Manuel Veiga
11 comentários:
Muito de bom. Adorei :))
Hoje:- [ Poetizando e Encantado]-Conto as pétalas, e almejo a tua graça .
Bjos
Votos de uma óptima Noite!
E tem que se " erguer hossanas " à vida, aos amores, às flores ; sermos " guerreiros-monges e trovadores " para defendermos a todo o custo estes valores; neles nos devemos fundear, pois são as sementes de uma vida com essência. Muito bom, amigo! Obrigada pelo belo momento. Um beijinho
Emilia
Flores frágeis, poemas, toadas que o trovador eterniza na melodia dos sentidos...
Beijinho
Fanny Costa
Há palavras que respiram por guelras
se as tuas palavras "respiram por guelras", coitadas! - deve ser um sufoco!
andas gasto de metáforas. nota-se...
aqui está, caro amigo,
um cântico dulcíssimo ao amor.
um poema, onde a centralidade
da "frágil flor", é espelho e sentimento. é paixão e reflexão.
uma "viagem" ao sabor da beleza, também.
"é apenas outra forma de dizer-te.", não fosse assim, não te "perdoava" a palavra "colheita".
belo poema.
és um mestre ... e com isto me fico.
um forte abraço, MV.
Essa de "mestre" traz água no bico, parece-me... rss
e pela (minha) espontânea gargalhada te "perdoo"!
forte abraço, meu caro Luís Castanheira
"Celebro-te no fragor de mil batalhas
E ergo hossanas"
Um poema que celebra o amor com elevado nível, como é teu apanágio. E o amor é mesmo a celebração maior.
Parabéns, meu amigo Manuel. É sempre um prazer ler-te.
Beijo.
Um poema belíssimo, com a tua inscrição de distinto Poeta,
a colher no movimento das palavras, a exaltação dos seus
significados, altares de sentires numa beleza louvada
em Poesia enigmática na sua fonte íntima de unidade:
amor e paixão:
"Detenho-me – teu rosto ígneo! E despenho-me
Reflexo de ti em mim. E nessa distância onde me levas,
Ondas sem fronteiras na pele de meu desejo:
Onde tu moras - castelã de mil torneios!…"
Poesia arte, haja arte, Poeta.
beijo.
Olá, Manuel
Hossana nas alturas! Um poema pleno de "ideal cavaleiresco", de "amor cortês". Consigo ver o trovador compondo, ouvir o jogral cantando e toda essa ambiência de mil batalhas e torneios. E essa toada chegará à castelã, não tenho dúvidas- a deidade de rosto ígneo.
Gostei muito.
Abraço
Olinda
"Bocas peregrinas" se juntam em anbiente sagrado e o Poeta em tom de cavaleiro medieval trava no canto briosa e digna justa de amor.
Gostei muito, MV.
Abraço.
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