E bainha das coisas
perecíveis
Na maceração dos dedos.
Todas as esperas se declinam
Em ausências.
Apenas o fio de Ariane
E a frágil teia e a
oscilação
Da memória.
E o sopro do Acaso.
Apenas.
Nada perdura.
Todas as devoções
cristalizam
E todos os vagidos
São grito. Sufocado.
(Ou nostálgica melodia)
(Ou nostálgica melodia)
Manuel Veiga
12 comentários:
Lindo :))
Hoje:- Sonhei...Com uma rosa prometida.
Bjos
Votos de uma óptima terça-Feira
Caro Manuel,
Essa obstinada experiência da linguagem que é a poesia está sempre presente neste espaço porque aqui há sempre algo por desvendar em torno da sua palavra poética para que possamos alcançar suas raízes. É sempre uma nova realidade que nos cabe descobrir, assimilar. Neste novo poema não é diferente...
Um forte abraço, meu caro amigo!
Um belo poema emoldurado por uma canção maravilhosa! Vejo o 'todo' como uma obra de arte. Imaginação.
Nada perdura.
Todas as devoções cristalizam
E todos os vagidos
São grito. Sufocado.
Linda postagem Manuel!
Uma ótima semana pra você.
Como doem os gritos sufocados...
Foi bom ouvir Montand
Beijos
Só o tempo, nos ajuda a descobrir a alma das coisas... e é só o que nos fica delas... a sua alma, na nossa... pois no tempo... nada perdura... e contudo, dele, tudo nos fica... cá dentro!...
Um poema muito belo e profundo, Manuel! Adorei cada palavra!
Beijinho! Continuação de uma boa semana!
Ana
A memória é frágil e muitas vezes enganadora.
Com a melodia de George Moustaki tento seguir o fio do teu pensamento. E gosto do sopro do acaso. Realmente "nada perdura", mas o fascínio da tua poesia sobrevive.
Fico mais um pouco com a melodia nostálgica de Yves Montand.
Perfeito, meu amigo Manuel.
Beijo.
Nada perdura, na verdade.
Excelente poema, parabéns pela inspiração.
Continuação de boa semana, caro Veiga.
Um abraço.
Belíssimo, quase etéreo...
O Seu poema "Orla do tempo" pode pedir mais de uma leitura, para os amantes da poesia, para que possam aproximarem-se do seu conteúdo, ou mesmo para "criarem", tais leitores, as mensagens do poema, sem que isso signifique apropriação da obra. Um belo poema, amigo Manuel. Parabéns.
Aproveito a oportunidade para desejar sucesso ao seu novo livro, que muitos sejam os leitores, e que passem à frente a novidade.
Uma excelente semana.
Um abraço.
Pedro
Um dos seus melhores poemas, caro Manuel.Senti essa efemeridade a tactear-me a pele e o pensamento. No fim, apenas a memória mas também ela tão contigente, si fragile!
E a voz de Yves Montand a marcar a toada.
Abraço.
Olinda
Este belíssimo poema traz duas estações do tempo,
interior e exterior.
Neste caminho das horas do "senhor" tempo nada perdura,
mas paradoxalmente no sentir do tempo interior,
tudo pode eternizar-se...
Digo, que a escolha da música sublime (etérea...)
a conjugar (nesta "nostálgica melodia") com a
outra arte, do poema magnífico, perdurarão no eco
da arte que eterniza a beleza!
Apreciei muito, meu amigo.
beijo.
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