"Meu Camarada moço,
Lidos os teus poemas,
Dizer-te que não temas
Dar-lhes fogo, a morte,
o esquecimento,
Se queres a Poesia, vai
para ela
Puro, desnudo, de ímpeto
violento,
Como para a mulher
Em que parou teu sonho,
— se és o seu.
Vai, como ela te quer.
Mas se outra chama
inflama o teu amor,
Se outro sonho tão belo
te rendeu,
Tem a coragem nobre de
depor
Os versos que não são
teu instrumento.
Toma outras armas mais
condizentes.
Não, a Poesia não a
violentes!
Deixa os versos ao vento...”
Alberto de Serpa
12 Dez 1906 / 8 Out 1992
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