Serenos correm os rios e com eles
As tumultuosas águas se
enternecem e se dobram
Na plácida hora. Nada
neste estio
Se agita para além do
sonho
E do sobressalto do
sangue
Em louvor dos afluentes:
Sons que distantes
Celebram os percursos
Da memória
Incendiada…
Sou este percurso de
sílabas
De um alfabeto inventado
Em que me digo nesta
vertigem
E nos inaudíveis sons
Que respiro no alvoroço
Das margens…
E nesta torrente de serenas emoções
E dulcíssimas águas…
Manuel Veiga
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