No lastro das coisas
ardidas
Uma flor rubra no mar
De meus enganos.
E mergulho – nas mãos
Uma estátua
De sal…
E nessa metamorfose
líquida
A lucidez dos sentidos
Palmo a palmo.
E a decomposição
Dos espelhos …
E a babugem das pétalas
A morder as cinzas …
Manuel Veiga
11 comentários:
Muito bom. Parabéns :))
Hoje » És a minha luz.
Bjos
Votos de um óptimo fim de tarde
Caro Manuel,
É o que nunca falta na transfiguração da realidade que se instaura na sua poética: "a lucidez dos sentidos". O figurino parece o mesmo, mas é evidente a metamorfose...
Um forte abraço, meu caro amigo,
Gosto da metamorfose
não apenas da palavra
mas à lucidez dos sentidos associada
como tu fazes
palmo a palmo
Belíssimo poema querido amigo Manuel...como sempre o seu espaço encanta-me.
Um abraço carinhoso.
"A morder as cinzas", o poema remete-me para um patamar de reflexão.
Rente às cinzas a gente tem
sensação repelente,
coexistimos sem as admitir
Será realidade endógena?
Para trás deixamos o mar
a alargar,
alagado na química das lágrimas
que se assemelham.
Quando vemos a eterna flor,
a sangrada que nos sangra,
é a cinza nos toca,
nos compromete, envolve e
cinzentos ficamos.
Abraço, caro Poeta.
As cinzas das ilusões perdidas ou a espuma dos dias associada ao mal-querer e ao descaso. Salve-se a força da "flor rubra" que persiste em muitos corações.
Abraço
Olinda
E um dia tudo será cinza...
Excelente poema, como sempre.
Caro Veiga, um bom fim de semana.
Abraço.
Muito bom:))
Do nosso amigo, Gil António:- Hoje » És a minha luz do entardecer
Bjos
Votos de uma óptima Sexta-Feira
Que a cinza das ilusões perdidas nunca cubra a flor vermelha !
Abraço, amigo
Sim, um dia tudo será cinza. Belo poema, um abraço.
Há palavras que dissecam a paisagem. Há poemas que mordem a nostalgia e revelam um poeta maior.
Parabéns, amigo Manuel Veiga.
Beijo.
Enviar um comentário