sexta-feira, janeiro 04, 2019

FRÉMITO(S)

Alagam-se as margens
Que nada nestas águas
É excesso.

Nem o aluvião
Dos dedos

Percurso
De efervescências
Íntimas

Nem teu corpo
Assim exposto
Aberto

Safra e mostos
No frémito das lezírias.


Manuel Veiga

7 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Que venha o novo 2019 que continuarei sempre aqui lendo os belos poemas do meu amigo Manuel! Sempre criativos, elegantes, realistas e que convidam para algumas reflexões.
Beijo, amigo, um bom domingo.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Gostei muito do seu poema, caro amigo Manuel, que tem a musicalidade das águas a correr nas margens alargadas do rio, com sua sutil mensagem escondidas nas criativas e belas imagens do canto. Parabéns poeta!
Desejo ao amigo um 2019 com saúde, paz e inspiração.
Um excelente domingo.
Grande abraço.
Pedro

MS disse...

Boa Ceia de Reis !

beijo

Teresa Almeida disse...

Realmente, caro poeta! Aplaudo a tua arte que a cada verso surpreende.

E, hoje, é dia de ouvirmos o grande Zeca Afonso e, com ele, cantarmos as Janeiras.

Beijos, amigo Manuel.

Ana Tapadas disse...

Bom ver ali o Zeca.
Belo aqui o poema.

Um ano novo melhor.

Beijo

José Carlos Sant Anna disse...

O que não falta é fertilidade na sua poesia, nem afluentes para tão gozoso(s) frêmito(s)...
Um abraço, meu caro amigo!

Suzete Brainer disse...

Amigo,

Aqui nada é excesso, uma arte poética de excelência
na precisão (perfeita, quase "matemática"...) das
palavras, no lugar exato, com a tua expressividade poética,
melódica e imagética deslumbrante da sensualidade-erótica
elegante, pulsante a ser decifrada.

Como admiro imensamente esta tua competência de Poeta-Escritor,
a ser um "alquimista" das palavras nos seus significados imensos,
diversos, vestidas nos códigos simbólicos enigmáticos
do universo linguístico.
Bravo, Poeta e meu amigo!
Bjs.

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