segunda-feira, abril 15, 2019

E No Vórtice Arde...


(in) Submete-se o poema ao seu desígnio
Qual barro em busca da perfeita forma
Na maturação dos dedos
Ávidos...

Demiúrgica a palavra volve-se e revolve-se
E no vórtice arde – coisa de nada!...
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Desamparo do poeta a tropeçar
Nos dias do Mundo
E na sua alma
Inquieta...

Manuel Veiga

13 comentários:

Graça Pires disse...

"Desamparo do poeta a tropeçar
Nos dias do Mundo
E na sua alma
Inquieta…"
Magnífico poema a lembrar, barro que somos, as nossas fragilidades.
Uma boa semana e uma Páscoa excelente, meu Amigo.
Um beijo.

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Um poema lindíssimo de uma alma inquieta em busca da perfeição.
Assim deveriam ser os nossos dias aspirando à perfeição que nos congrega no Amor.
Feliz Páscoa!
Beijinhos,
Ailime

Ana Tapadas disse...

»Desamparo do Poeta»...

Abraço amigo

Tais Luso de Carvalho disse...

Meu amigo Manuel,
não senta uma alma tranquila, com poeta! A inquietude do poeta é que o leva a dizer o que seu coração manda; a inquietude do poeta é que o faz soltar as intensidades e tocar o coração do mundo com uma visão carregada de emoção!
Belíssimo e inquietante poema!

Um beijo, amigo, uma feliz Páscoa pra você e sua família!
Gostei bastante!

Larissa Santos disse...

Palavras sábias :))

Hoje:-Sigo os trilhos de uma linha infindável.

Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira.

Agostinho disse...

Arde no centro onde o hélio em comoção explode incontidas palavras.
Vi agora uma imagem:
um cajado
é empecilho e arrimo
é bofetada e mimo

Abraço.

Olinda Melo disse...


"Que força é essa, Amigo!"
Um turbilhão de emoções os seus poemas nos transmitem. As suas palavras têm uma grande força criadora e, como bem diz, elas vão e retornam no seu objectivo de encontrar a perfeição, elevando-nos acima do simples barro de que somos feitos.

E Zeca Afonso, sempre!

Abraço

Olinda

Olinda Melo disse...


Zeca Afonso é mais abaixo :)

Teresa Durães disse...

Andamos todos à procura do mesmo, parece, a frase que nos explique tudo, que nos dê o significado

Jaime Portela disse...

O poeta é um oleiro de protótipos.
Por isso, é natural que tropece...
O que não é o caso, já que este poema é magnífico.
Caro Veiga, um bom resto de semana e uma Páscoa Feliz.
Abraço.

Teresa Almeida disse...

O poema emerge da dinâmica e da inquietação do poeta. O seu desígnio é a perfeição. "E no vórtice arde - coisa de nada!"

Realmente brilhante, meu amigo Manuel!

Páscoa feliz!

Beijo.

Ulisses de Carvalho disse...

Porque ainda que às vezes pareça não ter um porquê, as palavras em nós nascem, como nós nascemos, com um ou tantos desígnios, e ao longo da vida, dos versos, muitas vezes até mesmo o vento, como diria Bob Dylan, vai nos soprando respostas. Um abraço, Manuel, bons dias para ti.

Ana Freire disse...

E a poesia oferece-nos mesmo isso... a compreensão do mundo... através da visão muito pessoal e inquieta de cada autor!...
Um belo momento poético... que nos faz reflectir... sobre o papel da poesia!...
Beijinho!
Ana

  CADÊNCIAS ... 1. Enamoramento das palavras No interior do poema. E a subversão Do Mundo… 2. Cadências mudas. Em formação De concordâncias....