(in) Submete-se o poema
ao seu desígnio
Qual barro em busca da
perfeita forma
Na maturação dos dedos
Ávidos...
Demiúrgica a palavra
volve-se e revolve-se
E no vórtice arde –
coisa de nada!...
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Desamparo do poeta a
tropeçar
Nos dias do Mundo
E na sua alma
Inquieta...
Manuel Veiga
13 comentários:
"Desamparo do poeta a tropeçar
Nos dias do Mundo
E na sua alma
Inquieta…"
Magnífico poema a lembrar, barro que somos, as nossas fragilidades.
Uma boa semana e uma Páscoa excelente, meu Amigo.
Um beijo.
Boa tarde Manuel,
Um poema lindíssimo de uma alma inquieta em busca da perfeição.
Assim deveriam ser os nossos dias aspirando à perfeição que nos congrega no Amor.
Feliz Páscoa!
Beijinhos,
Ailime
»Desamparo do Poeta»...
Abraço amigo
Meu amigo Manuel,
não senta uma alma tranquila, com poeta! A inquietude do poeta é que o leva a dizer o que seu coração manda; a inquietude do poeta é que o faz soltar as intensidades e tocar o coração do mundo com uma visão carregada de emoção!
Belíssimo e inquietante poema!
Um beijo, amigo, uma feliz Páscoa pra você e sua família!
Gostei bastante!
Palavras sábias :))
Hoje:-Sigo os trilhos de uma linha infindável.
Bjos
Votos de uma óptima Terça - Feira.
Arde no centro onde o hélio em comoção explode incontidas palavras.
Vi agora uma imagem:
um cajado
é empecilho e arrimo
é bofetada e mimo
Abraço.
"Que força é essa, Amigo!"
Um turbilhão de emoções os seus poemas nos transmitem. As suas palavras têm uma grande força criadora e, como bem diz, elas vão e retornam no seu objectivo de encontrar a perfeição, elevando-nos acima do simples barro de que somos feitos.
E Zeca Afonso, sempre!
Abraço
Olinda
Zeca Afonso é mais abaixo :)
Andamos todos à procura do mesmo, parece, a frase que nos explique tudo, que nos dê o significado
O poeta é um oleiro de protótipos.
Por isso, é natural que tropece...
O que não é o caso, já que este poema é magnífico.
Caro Veiga, um bom resto de semana e uma Páscoa Feliz.
Abraço.
O poema emerge da dinâmica e da inquietação do poeta. O seu desígnio é a perfeição. "E no vórtice arde - coisa de nada!"
Realmente brilhante, meu amigo Manuel!
Páscoa feliz!
Beijo.
Porque ainda que às vezes pareça não ter um porquê, as palavras em nós nascem, como nós nascemos, com um ou tantos desígnios, e ao longo da vida, dos versos, muitas vezes até mesmo o vento, como diria Bob Dylan, vai nos soprando respostas. Um abraço, Manuel, bons dias para ti.
E a poesia oferece-nos mesmo isso... a compreensão do mundo... através da visão muito pessoal e inquieta de cada autor!...
Um belo momento poético... que nos faz reflectir... sobre o papel da poesia!...
Beijinho!
Ana
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