quinta-feira, abril 04, 2019

Sem Atilhos, Nem Atalhos


Dos barcos a quilha. E o sulco das águas
Que não me seduz a amurada

E do fio dos dias não quero a espuma,
Mas o âmago

Que sei bem de meus cansaços.
E de minhas margens
E de meus rios.

E de meus passos. Sem atilhos
Nem atalhos.

Manuel Veiga

12 comentários:

Pedro Luso de Carvalho disse...

Gostei, amigo Manuel, do seu "Sem Atilhos, Nem Atalhos", um belo poema com a sua melodia e o seu ritmo tão bem ajustados.
Parabéns ao poeta!
Um grande abraço, caro Manuel.
Pedro

Agostinho disse...

O Poeta faz, no tom que lhe é peculiar, uma "declaração de interesses". Contrapõe, para isso, a causa ao efeito, o fundamental ao acessório, o hélio à luz.
Curtinho, o poema, mas bem urdido em imagética.
Abraço.

Larissa Santos disse...

Um poema maravilhoso. Adorei :))

HOJE, O NOSSO GIL ANTÓNIO RECITA :- Luz do meu desnorte

Bjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira.

Jaime Portela disse...

Excelente poema.
Com um final de mestre.
Gostei do vídeo, do tempo em que a música francesa era boa...
Caro Veiga, um bom resto de semana.
Beijo.

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Um poema magnífico e a música é muito bela.
Um beijinho e bom fim de semana.
Aiime

Rogério G.V. Pereira disse...

Te sigo os passos
sem atilhos
nem atalhos

e (também) passo ao lado
da espuma dos dias

José Carlos Sant Anna disse...

E assim vai o poeta na roda do mundo, cantando o que lhe convém mas sempre com alguma ironia. "Sem atilhos e sem atalhos". O poeta sabe que o seu canto nunca é em vão!
Forte abraço, caro amigo!poeta!

Tais Luso de Carvalho disse...

Um lindo poema que canta as escolhas do poeta!

Grifo esse verso muito bonito:

Que sei bem de meus cansaços.
E de minhas margens
E de meus rios.

Um ótimo fim de semana, meu amigo Manuel!
Beijo

_ Gil António _ disse...

Simplesmente BRILHANTE
.
Cumprimentos
.
** Solitária em Campo Florido ( Poetizando e Encantando ) **

Teresa Almeida disse...

O poeta sulcando as águas sabendo que o veio é o que mais importa. E vai por si, "sem atilhos nem atalhos".

Magnifico, Manuel! Bem ao teu jeito.

Beijos.

Olinda Melo disse...

Gosto. Gosto dessa ligação: a quilha que sulca a direito perseguindo o bom porto, os passos que seguem sem ataduras pelo caminho que realmente interessa, sem distracções.

Excelente, pois o Poeta sabe bem dos seus cansaços, dos seus rios e das suas margens.

E reencontro aqui Boris Vian. Voltarei para ouvi-lo com vagar.

Abraço

Olinda

Ana Freire disse...

Uma belíssima reflexão sobre a vida... com o mar por fundo... e profundo!...
Para ler e reler... e anotar no meu caderninho de futuros destaques!... :-)
Adorei cada palavra, Manuel! Beijinho
Ana

  CADÊNCIAS ... 1. Enamoramento das palavras No interior do poema. E a subversão Do Mundo… 2. Cadências mudas. Em formação De concordâncias....