Amáveis dias no coração
dos homens
Frémito e rito de aves
nos imutáveis destinos
Onde todas as coisas são
simples
E sem mácula…
Inesperada, porém, a flor
vermelha. Abrupta.
E o declive das rochas.
Precipício de cinza
A diluir-se na paisagem
E o gesto de colhê-la.
Azul, vermelho e água.
E o abismo da vertigem a
incendiar as margens
Vésperas de um tempo
liberto
E de seu canto.
Ferida aberta!...
Manuel Veiga
5 comentários:
A Beleza num local inóspito...Livre, selvagem....
Gostei muito...
Beijos e abraços
Marta
"Amáveis dias no coração dos homens
Frémito e rito de aves nos imutáveis destinos
Onde todas as coisas são simples
E sem mácula…"
Que lindo! Penso que estamos todos carentes dessa paz, meu amigo Manuel! Um mundo mais calmo, de mais concordância e que o tempo venha a cicatrizar as feridas abertas que nós mesmos abrimos.
Beijo, uma ótima semana!
Muito bom ler teus escritos, poeta...para sentir e refletir...muitíssimo bom...
Tenha uma boa noite.
Beijo,
Genny
Mais um excelente poema.
Com uma boa sugestão musical (há imenso tempo que não ouvia o Gilbert Becaud).
Caro Veiga, continuação de boa semana.
Abraço.
Na aprazível paisagem nada é estático. E irrompe o chamamento e declina-se o verbo em insubmisso canto.
Parabéns, meu amigo Manuel.
beijo.
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