Correm cristalinas as
águas e leve brisa
Se insinua nos ramos dos
salgueiros.
Soltemos velas, Lydia. Que
serenas
Vão as barcas ...
De rosas coroemos a
fronte
E o cais de pétalas e de
lírios.
E que deslizem sobre
águas cristalinas
Serenas barcas. E sem
mágoas
Arrostemos o destino
Pagãos e puros.
E louvemos os deuses
Que nos quiseram
lúcidos.
Manuel Veiga
Nota: Lydia é uma criação literária de
Ricardo Reis
10 comentários:
Maravilhoso poema. Adorei:))
Peço desculpa pelo atraso mas estive uns dias de folga ;))
Hoje:-Deambulando pela natureza, sem chão
Bjos
Votos de uma óptima Segunda - Feira.
Louvados sejam!
"E sem mágoas
Arrostemos o destino
Pagãos e puros." Tão belo, meu Amigo!
Uma boa semana.
Um beijo.
Versos de leveza...águas límpidas, frescor das flores, suavidade da brisa, porto e barcas serenas...tudo isso na comunhão dos sentimentos.
Belo poema!
Boa semana, meu amigo.
Genny
De rosas coroemos a fronte
E o cais de pétalas e de lírios.
Lindo.
Abraço e uma boa semana
Venho de uma terra de muito mar. Já viajei em veleiros apanhados por calmarias de dias e por ondas alterosas que varriam o convés e quase me levavam com elas. Nestas águas, em contrapartida, o vento está de feição e sente-se o encantamento no ar. Barcas serenas aguardam a sua carga preciosa. Ademais, os deuses protegem os audazes, parafraseando Alexandre.
Adorei o Poema, Amigo Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
Glosando Ricardo Reis.... Muito bonito. Serenamente aproveitemos o dia, Lídia...
Beijinho.
'Louvemos os deuses'_ acima de todas as coisas,louvemos!
_ e que nos faça permanecer lúcidos!
Gosto muito do poema.
Que pecado poderá ter Lydia debruçada no verso? Pura, lavada em cristalinas águas da inocência e na intenção do Poeta.
Abraço, Manuel Veiga.
É o poeta mergulhando no tempo para além do tempo na evocação de Lídia. No tempo em que a escrita se faz, não apenas o tempo dos versos que correm, mas o tempo mitológico em que o poeta recria a figura de Lídia. Escreve num passado para além de todo passado, pois escreve num tempo imemorial, mantendo a chama de Reis. Um belo texto, poeta!
Um forte abraço, caro amigo!
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