quarta-feira, fevereiro 19, 2020

ASA EM FRÉMITO DE VOO...


Nada! Apenas o frémito desatado
Os poros dilatados
E a maciez
Da pele …

E a asa. Em alvoroço
De voo.

E esta morrinha cálida
A tricotar carícias
E memórias…

E do outro lado do poema
A buliçosa abelha
A antecipar o mel…

E a gloriosa flor
Abrindo-se
Ao Sol …

Manuel Veiga




11 comentários:

Teresa Almeida disse...

Deste lado do poema o alvoroço de asas, as carícias, o brilho na face do dia...
Serão dois ou um poema só?
É que o sentimento alastra ...
Beijos, poeta.

CÉU disse...

Quando o frémito se desata, as "flores" abrem-se, independentemente do inverno dos cravos e da primavera das rosas. Querem-se carícias.

Abraços.

Majo Dutra disse...

Efusões em dia de chuva suave...
Do outro lado do poema emerge poderosa a primavera...
Admirando a tua lira singular, repleta de enigmas e paixão...
O meu abraço amigo.
~~~

Ana Freire disse...

Asa em frémito de vôo... assim é de facto, descrito com sensibilidade, o processo de criação poética!
Mais um momento de grande inspiração, Manuel! Parabéns!
Beijinho! Votos de continuação de uma excelente semana!
Ana

Jaime Portela disse...

Donde se conclui que não haveria poema sem a "buliçosa abelha" do poeta...
Excelente, gostei imenso.
Caro Veiga, continuação de boa semana.
Abraço.

Margarida Pires disse...

Ao ler tão deliciosas palavras embebecidas de mel da abelha rainha.
Encorajei - me de me iludir com uma rosa abrindo - se ao sol no seu esplendor.
Sorrisos de luz.
Megy Maia

Agostinho disse...

A asa.
A antecipar o mel como se a função fosse o destino.
E o poema realiza-se em duas faces, não esqueceu o Poeta.
Abraço.

Genny Xavier disse...

"Do outro lado do poema" a vida se abre ao sol de todo dia...abelha ou flor...e toda gente que pulsa...

Beijo.
Genny

lis disse...

o poeta já dizia que 'sonhamos com o voo,mas tememos as alturas'.
sonhar é alvoroçar e 'tricotar' tem variáveis
_ em seu poema é a abelha com a flor.
Belíssimo,mVeiga belíssimo!

Pedro Luso de Carvalho disse...

Gostei muito deste seu poema, caro amigo Manuel. É um poema para ler lido sem pressa, como quem degusta um bom vinho. Numa releitura será possível entender bem o canto do Poeta.

Uma boa sexta-feira, Amigo Manuel.

Grande abraço.

José Carlos Sant Anna disse...

O frêmito das asas esvaindo-se em luz, e o nascimento de outro poema.
Sem perguntas ou respostas. Tudo emergindo, escorrendo como o mel.
Um abraço, caro Manuel!

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