Nada!
Apenas o frémito desatado
Os
poros dilatados
E
a maciez
Da
pele …
E
a asa. Em alvoroço
De
voo.
E
esta morrinha cálida
A
tricotar carícias
E
memórias…
E
do outro lado do poema
A
buliçosa abelha
A
antecipar o mel…
E
a gloriosa flor
Abrindo-se
Ao
Sol …
Manuel
Veiga
11 comentários:
Deste lado do poema o alvoroço de asas, as carícias, o brilho na face do dia...
Serão dois ou um poema só?
É que o sentimento alastra ...
Beijos, poeta.
Quando o frémito se desata, as "flores" abrem-se, independentemente do inverno dos cravos e da primavera das rosas. Querem-se carícias.
Abraços.
Efusões em dia de chuva suave...
Do outro lado do poema emerge poderosa a primavera...
Admirando a tua lira singular, repleta de enigmas e paixão...
O meu abraço amigo.
~~~
Asa em frémito de vôo... assim é de facto, descrito com sensibilidade, o processo de criação poética!
Mais um momento de grande inspiração, Manuel! Parabéns!
Beijinho! Votos de continuação de uma excelente semana!
Ana
Donde se conclui que não haveria poema sem a "buliçosa abelha" do poeta...
Excelente, gostei imenso.
Caro Veiga, continuação de boa semana.
Abraço.
Ao ler tão deliciosas palavras embebecidas de mel da abelha rainha.
Encorajei - me de me iludir com uma rosa abrindo - se ao sol no seu esplendor.
Sorrisos de luz.
Megy Maia
A asa.
A antecipar o mel como se a função fosse o destino.
E o poema realiza-se em duas faces, não esqueceu o Poeta.
Abraço.
"Do outro lado do poema" a vida se abre ao sol de todo dia...abelha ou flor...e toda gente que pulsa...
Beijo.
Genny
o poeta já dizia que 'sonhamos com o voo,mas tememos as alturas'.
sonhar é alvoroçar e 'tricotar' tem variáveis
_ em seu poema é a abelha com a flor.
Belíssimo,mVeiga belíssimo!
Gostei muito deste seu poema, caro amigo Manuel. É um poema para ler lido sem pressa, como quem degusta um bom vinho. Numa releitura será possível entender bem o canto do Poeta.
Uma boa sexta-feira, Amigo Manuel.
Grande abraço.
O frêmito das asas esvaindo-se em luz, e o nascimento de outro poema.
Sem perguntas ou respostas. Tudo emergindo, escorrendo como o mel.
Um abraço, caro Manuel!
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