sexta-feira, março 13, 2020

ECOS PERDIDOS ...


Nada. Nem passos, nem gestos
Apenas o tempo côncavo
E o latir da tarde
Em abandono.

E esta litania
A esvanecer-se…

Ecos perdidos de um festim
E o absurdo canto
A dedilhar-se febril
Na flor dos dedos
Sobre a pele.


Manuel Veiga


9 comentários:

José Carlos Sant Anna disse...

Enquanto se “ouve o latir da tarde”, o poeta afirma a vida que se joga neste poema, no encontro da palavra reveladora de uma tarde que se esvai em doce litania!
Um abraço, meu caro Manuel!

Canto da Boca disse...

A memória da pele, do toque, é inesquecível! Essa nos acompanha até o infinito e alguns anos depois.

:)

" R y k @ r d o " disse...

Boa tarde:- E tantas vezes vivemos no centro dos ecos perdidos. Essa uma grande verdade
.
Cumprimentos poéticos
.
^^^ A jovem solitária - O Mar e o Pôr-do-Sol ( Poetizando e Encantando. ^^^

" R y k @ r d o " disse...

Boa tarde:- Existe quem diga que quando se fecha uma janela se abre uma porta. Será a porta do coração?

Ups: Ou será ao contrário?

Bonito blogue. Fiquei seguidor
.
Cumprimentos poéticos
.
^^^ A jovem solitária - O Mar e o Pôr-do-Sol ( Poetizando e Encantando. ^^^

Ana Tapadas disse...

Um belo poema a um belo sentido!
BJS

Elvira Carvalho disse...

Um bonito poema.
Gostei de ler.
Abraço e bom fim de semana

Margarida Pires disse...

Um poema de um belo calibre.
Um abraçar esvoaçante.
Megy Maia

Teresa Almeida disse...

Solitárias tardes que o poeta dedilha na flor dos dedos. E como o poema ecoa!

Beijo, amigo Manuel.

lis disse...

Gostei tanto desses ecos!
_desvanecendo.

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