Amoráveis
os dias, Lydia, assim colhidos
Como
pétalas em teu regaço. E o lago de teus olhos
Onde
moram os barcos e aportam
Todas
as viagens.
Deixemos,
Lydia, que o tempo se faça solstício
E
do momento guardemos a doce espera
E
o favo de teu nome. E desfolhemos
Os
dedos numa carícia breve
Como
se fora a brisa
Sobre a pele
E
louvemos os deuses
Que
embora néscios sobre nós descem
Na
amargura das horas e no cântico
Festivo
da tarde…
Manuel
Veiga
Lydia é uma criação literária de Ricardo Reis
11 comentários:
Como nascente a manar, o poeta prossegue a melodia tão necessária em tempo de pandemia mundial. E Lydia nunca o abandonará.
Que força, amigo! É um prazer entrar no teu espaço.
Abraço apertado.
Boa tarde:- E assim escreve um fabuloso poeta. Poema admirável.
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Cumprimentos poéticos
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^^^ https://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.com/ ^^^
Mais um poema maravilhoso!
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A fé atravessa-nos o pensamento cruel
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Beijos e uma excelente tarde!
Muito lindo e terno poema, Manuel, quisera eu no meio dessa terrível pandemia, pudesse pensar em tão bela construção para aliviar a alma...
Mas não sou poeta. Ao contrário, me afogo nas mazelas do mundo.
Beijo!
Amoráveis promessas a serem colhidas... Que se cumpram!
Já (ou ainda...) não tenho paciência para os deuses...
Um poema muito bom.
Caro Veiga, um bom fim de semana, em segurança.
Abraço.
Palavras de mel. Amorabilidade que ressalta em todos os versos,
numa visão idílica, perfeita. Esperança de um tempo breve que nos
nos traga e confirme o direito à felicidade.
A sua versatilidade, Manuel Veiga, é notável. Sempre admiradora
dessa forma maravilhosa de escrever, seja em prosa ou em verso.
Abraço, meu amigo.
Olinda
Faço minhas as palavras da querida Olinda.
Acrescento que pode ombrear com R. Reis.
Bj
Assim são os favos de mel. Tão 'amoráveis'
_como a brisa que sopra a beira-mar.
E preciso dizer que este é mais um daqueles poemas que nos fazem reclinar e tirar o chapéu, meu caro amigo?
Este lirismo nos faz esquecer momentaneamente "as dores do mundo" neste momento depois que aqui aportamos.
Um abraço, caro Manuel!
P.S.: Cuide-se
Um poema de grande beleza, caro amigo Manuel.
Escolhi aleatoriamente estes versos, dente outros de FAVO DE TEU NOME, igualmente belos:
“Os dedos numa carícia breve
Como se fora a brisa
Sobre a pele”
Não posso deixar de elogiar a nova roupagem do Relógio de Pêndulo. O seu blog ficou na medida certa para uma agradável leitura. Parabéns!
Um bom final de semana, com a nossa torcida para que o Coronavírus desapareça logo.
Um grande abraço caro Manuel.
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