domingo, março 22, 2020

ADÁGIO ...


Desnudam-se as pétalas
Uma a uma. E derrama-se a cor
Nua. Indefinição ainda
Que alastra

Agora sinfónica. Cor e vida.

E se abre. Esplêndida
A corola.

Murmúrio de sol
A bordejar
O mel

E a erguer-se
Colmeia. E flor …

E poema.


Manuel Veiga



10 comentários:

Olinda Melo disse...


Nessa sinfonia de cor e vida, tudo ganha força
e doces e insuspeitados sentimentos se evolam
louvando o murmúrio do sol.

Poema lindo, inspirador e sumamente lírico.

Gostei muito, Manuel Veiga.

Abraço

Olinda

" R y k @ r d o " disse...

A sintonia e sintonia poética perfeita.

Boa noite

Cidália Ferreira disse...

Maravilhoso!
-
Entre trajetos árduos ...
-
Beijos e uma boa noite de Domingo

Canto da Boca disse...

O desnudar das pétalas como uma sinfonia, numa bela alegoria de sonho, amor, paixão e poesia!

Belo!

:)

Graça Pires disse...

Um lirismo que me deixa com o sabor a mel rente aos lábios só por ler o poema… Belíssimo!
Uma boa semana.
Um beijo.

Teresa Durães disse...

Sou sincera, gostaria de apreciar o poema, por estupidez minha não consigo nem o seu nem o de ninguém. Eu tento, vim viver para aqui para ficar isolada, mas agora que sou obrigada a ficar isolada desespero, tem lógica? Não. De repente a poesia não tem senso e deveria ter agora mais do que nunca. Cavo o dia inteiro e luto contra as ervas, o terreno tem de ficar limpo antes dos fogos, rego o pouco que plantei e digo para quem quer ouvir, a natureza tem razão, não que queira morrer sem ar, mas se acontecer a natureza continuará a ter razão. O er humano deveria ficar em quarentena no mínimo um ano para que a natureza recuperasse e nem sei se é o suficiente

Teresa Almeida disse...

Bravo, Manuel Veiga!

Apeteceu-me dizer alto este poema que é pétala, corola e cor nua -sinfonia em requebros sedutores.

Vou guardar comigo para partilhar em tertúlia poética. Acredito que vai haver muitas porque a poesia é salvação.

E levo porque, a partir do momento em que o li, este adágio deixa de ser só teu.

Abraço arrochado.

José Carlos Sant Anna disse...

Caro Manuel,
é preciso ser pintor, músico e poeta para um compor um adágio tão perfumado..., rss.
Mas conjugas tão bem a tua arte que se imbrica a outras com naturalidade..

Um abraço, caro amigo!

P.S.: E te cuides (por aqui se diz que bicho está pegando)

Tais Luso de Carvalho disse...

"Desnudam-se as pétalas
Uma a uma. E derrama-se a cor
Nua. Indefinição ainda
Que alastra"

Belíssimo Adágio, Manuel! Ler poesia atualmente é um santo calmante, é a fuga da realidade para acalmarmos nosso espirito das dores do mundo e das confusões dos humanos.
Porém, Chopin, inundou minha sala, maravilha de vídeo; os cavalos, as flores. Linda escolha. Parabéns.
Beijo.

Jaime Portela disse...

Gostei do poema, é excelente.
Caro Veiga, um bom fim de semana.
Abraço.

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