1.
Desliza a manhã fora do tempo
Nem sequer movimento
Desliza simplesmente
E o poeta dentro.
2.
Flui a palavra no silêncio
Mutismo de alma
Na orla do vento.
3.
Implode a tarde
E o poeta se diz e se desdiz
Intermitência de ser
4.
Mansamente a hora que passa.
Luminescência(s).
Manuel Veiga
~
8 comentários:
A 2.ª luminescência parece um Haiku
Gosto dos silêncios e das palavras mudas que contêm
E de como o poeta o diz (ao silêncio)
Poema de uma profundidade poética lindissima.
Um dia feliz
Olá, Manuel!
Venho dizer-lhe que é um gosto vê-lo no meu Rol de Leituras e agradecer o comentário, já respondido lá mesmo.
Aqui, voltarei com tempo para me encontrar com versos seus.
Para já, gostei de me cruzar com a palavra "silêncio" neste seu poema.
Abraço.
Um poeta perdido?
"Desliza simplesmente
E o poeta dentro."
E eu acrescento fulgor e claridade ao teu silêncio.
Amei.
Um beijo.
Intermitências entre luz e sombra. Momentos reveladores e outros em
que a alma se esconde de todas as evidências.
O silêncio no seu modo de "mutismo", poderá representar afinal o instante
de interiorização da hora que passa.
Luminescência (s), palavra mágica, aqui.
Belo Poema! Um prazer ler a sua escrita, caro Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
O Poeta dentro e
o Poeta fora
constante o movimento
raio de luz nas palavras
luminescentes
Abraço
Luminescência(s) de um Poeta...
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