Polpa dos lábios
E a interdita palavra
Freme
E se acolhe
Em fervor mudo
E sílaba-a-sílaba
Se inaugura
Percurso
De euforias
Plenas
Já não lábios
Harmonia de salivas
A urdir por dentro
A tempestade
Dos corpos
E a dulcíssima
Orquestração
Dos hinos…
Manuel Veiga
(Poema Editado)
15 comentários:
Poema fascinante de ler. Divina e elogiável inspiração poética.
.
Um Sábado feliz
Cuide-se
Um hino que permite todas as orquestras ou o elixir do poema.
Beijos, poeta.
Que belos são os hinos em que os beijos se sobressaltam!
Lindo!
Beijo amigo
A sensibilidade. A sensualidade. As palavras certas, sem dissonância. Tudo neste magnífico poema, meu Amigo.
Um bom fim de semana.
Um beijo.
Sim, é dulcíssima, ainda que brinquemos, ainda que choremos...
Forte abraço, Manuel!
Mais um poema fantástico!
-
Carrego no colo a saudade
Beijo e um excelente dia para todas as Mães.
Fique em casa.
MV
Um poema cheio de sensibilidade e sensualismo.
Muito belo!
Bom domingo ou o que sobra dele.
Beijinhos
:)
Manuel, meu amigo, lindo poema, afinado com todos os sentidos!
Aplausos!
Uma ótima semana, continuando em quarentena.
beijo, amigo.
Há palavras assim. Ainda que na polpa dos lábios, recolhem-se
em doce recesso, deixando-se adivinhar, apenas. Nesse ditame
de cumplicidade, se cumprem.
E todas as músicas se ouvem, e as melodias mais belas entram nessa composição, em que alma e matéria se encontram.
Maravilha de Poema, caro Manuel Veiga. Poeta de vários cambiantes,
qual deles o mais belo.
Abraço
Olinda
Caro Manuel,
Tinha reconhecido este poema.
Nele se apreende a importância da palavra e de dizê-la até o momento em que se torna “harmonia de salivas a urdir por dentro a tempestade de dos corpos”.
Como diria um ex-ministro da Justiça aqui dos trópicos: "Nada a declarar", risos!
Um abraço, caro amigo!
Tão belo!
Meu caro amigo Manuel Veiga gostei muito de seu poema "Orquestração Dos Hinos". Repito o que talvez já tenha dito ao comentar seu poema: um poema não pode ser entendido ou sentido completamente na primeira leitura que fazemos. Então, com uma, duas ou mais leituras de um poema chegamos mais perto da da arte poética. Foi justamente o que fiz, Poeta, com seu poema, que se inicia com estes versos:
"Polpa dos lábios
E a interdita palavra
Freme"
Uma boa semana, com os cuidados com o Coronavírus, amigo Manuel.
Grande abraço.
Num tempo de beijos proibidos ganham eles maior enlevo!
O Beijo, portanto...
Um beijo, Poeta...
Um estupendo poema, MV.
No frémito,
todas as palavras se ajustam
no lugar certo
em qualquer lugar
por certo
no veludo estrépido
Abraço
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