sábado, outubro 24, 2020

SERENAS ÁGUAS ...


Desprendem-se no donaire primaveris

Cascatas. Que o outono acolhe

E matizadas cores.

 

São os olhos pomares. E veredas

Debruadas. E o amável gesto

De colhê-las. Maturadas

E bocas sôfregas…

 

E o movimento líquido de fluírem.

Assim libertas. E os corpos.

Serenas águas!...

 

Manuel Veiga




7 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Um abraço de Serenas Águas ao som de Vivaldi, Manuel!

Cidália Ferreira disse...

Mais um poema brilhante! :))
**
O presente e um futuro...num passado
-
Beijos, e um excelente fim de semana.

Teresa Almeida disse...

Há no teu poema uma harmonia que seduz tão intensamente que parece desajustada qualquer intromissão. Como se Vivaldi deslizasse nos olhos dos pomares.

Bravo, meu amigo Manuel Veiga.

Beijo.

Graça Pires disse...

As bocas sôfregas à espreita dos pomares. Os olhos molhados pela sede. Neste outono de mel...
Cuidem-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo, meu Amigo.

Juvenal Nunes disse...

As águas que a natureza acolhe em seu seio são as águas que correm em cascata. A natureza é sempre pródiga.
Abraço poético.
Juvenal Nunes

José Carlos Sant Anna disse...

Embarco nas colcheias e bemóis de Vivaldi e me delicio com as serenas águas do teu poema. E vou devagar ainda que o tempo voe...
Um abraço, caro poeta!

Tais Luso de Carvalho disse...

Também estou 'devagar', é o que colhemos nessa pandemia.
Porém, o poema não está devagar, está a mil!
Belíssimo, e acompanhado pelo fantástico Vivaldi e que nunca cansarei de ouvi-lo, clássico é clássico! Eterno.

Beijo, meu amigo!

"São os olhos pomares. E veredas
Debruadas. E o amável gesto
De colhê-las. Maturadas
E bocas sôfregas…"

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