Desprendem-se no donaire primaveris
Cascatas.
Que o outono acolhe
E
matizadas cores.
São
os olhos pomares. E veredas
Debruadas.
E o amável gesto
De colhê-las. Maturadas
E bocas sôfregas…
E o movimento líquido de fluírem.
Assim libertas. E os corpos.
Serenas águas!...
Manuel Veiga
7 comentários:
Um abraço de Serenas Águas ao som de Vivaldi, Manuel!
Mais um poema brilhante! :))
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O presente e um futuro...num passado
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Beijos, e um excelente fim de semana.
Há no teu poema uma harmonia que seduz tão intensamente que parece desajustada qualquer intromissão. Como se Vivaldi deslizasse nos olhos dos pomares.
Bravo, meu amigo Manuel Veiga.
Beijo.
As bocas sôfregas à espreita dos pomares. Os olhos molhados pela sede. Neste outono de mel...
Cuidem-se bem.
Uma boa semana.
Um beijo, meu Amigo.
As águas que a natureza acolhe em seu seio são as águas que correm em cascata. A natureza é sempre pródiga.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Embarco nas colcheias e bemóis de Vivaldi e me delicio com as serenas águas do teu poema. E vou devagar ainda que o tempo voe...
Um abraço, caro poeta!
Também estou 'devagar', é o que colhemos nessa pandemia.
Porém, o poema não está devagar, está a mil!
Belíssimo, e acompanhado pelo fantástico Vivaldi e que nunca cansarei de ouvi-lo, clássico é clássico! Eterno.
Beijo, meu amigo!
"São os olhos pomares. E veredas
Debruadas. E o amável gesto
De colhê-las. Maturadas
E bocas sôfregas…"
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