domingo, novembro 29, 2020

DEPURAÇÕES ...


Fragmentação dos rostos

E todos os nomes. E advento de todas as vigílias.

E todas as demoras. E todas as sedes e

 

Todas as litanias.  Veredas encobertas

E itinerário de mostos –

Sublime ardência de néctares

A fermentar

A depuração

Dos gestos.


Liturgia dos corpos

E incisão de salivas –

Colapso de todas

As memórias

 

Manuel Veiga

 

8 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Gostei de ler.
Espero que esteja bem de saúde.
Abraço, saúde e boa semana

São disse...

Que a liturgia dos corpos acabe sempre em aleluias!

Beijinho e excelente Dezembro, Poeta

Olinda Melo disse...


Depurações bem-vindas, deixando apenas o que
interessa e faz a vida mais leve e digna
de ser vivida.

Que todas as demoras, todas as sedes encontrem
no deslizar das águas o percurso certo, descobrindo-se
veredas de satisfação e alívio.

Belíssimo Poema, Manuel Veiga. E aqui estamos
com o nosso preito ao seu elegante modo de
escrever Poesia.

Abraço
Olinda

Pedro Luso de Carvalho disse...

Meu caro Manuel Veiga,
certamente esse belíssimo poema nasceu num dia de grande inspiração, no qual o poeta encontra as palavras com maestria. Parabéns!
Uma boa semana, meu amigo Manuel.
Um grande abraço.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...


Litugia dos corpos!
Sim!
Isto sim, é poesia de qualidade.
Gostei!

:)

José Carlos Sant Anna disse...

Belas depurações para o pulsar do momento e "para a liturgia dos corpos" assim vai o poeta inventando-se... Sem palavras indomáveis!
Abraços, caro Manuel!

Teresa Almeida disse...

Gostaria de inserir meu comentário no peito aberto do poema. Mas só o poeta sabe depurar um itinerário tão rico, diverso e ardente. Só quem se reinventa a cada passo sabe do desassossego e do prazer de olhar sempre mais além.

Meu amigo Manuel, deixo-te um abraço e a minha admiração.

Maria disse...

Olá, bom dia! Passando para te desejar saúde, paz, e muita alegria!

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