terça-feira, dezembro 15, 2020

PICTOGRAMA(s) - 2


Persiste a flor na vertigem

E alaga-se em bebedeira de cor

A miragem – já não flor – incisão

Gramatical

 

A reinventar o léxico.

E a desenhar o bailado. E o assédio.

Desordem que arde

Sob o sol a pique

Que o besoiro

Colhe…

 

E o poeta finge.

 

Manuel Veiga




7 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

O poeta é um fingidor

Cumprimentos

Ailime disse...

Boa tarde Manuel,
Tão belo!
Admiro-o muito!
Beijinhos,
Ailime

Cidália Ferreira disse...

Como sempre, fantástico! :)
**
Se, o outro lado for a distância que nos separa
*
Beijo e um excelente dia.

São disse...

O poeta finge sempre...ou talvez não!


Gostei muito.


Beijinho de alegres festividades, Natal de amor e paz e de óptimo 2021 para ti e quem desejares, meu amigo Poeta.

Teresa Almeida disse...

Persiste o poeta na vertigem da flor e na sedução do leitor.
Estou a visualizar o cenário onde a palavra se embebeda.

Magnífico fingimento, meu amigo Manuel!

Beijo.

lis disse...

Feliz Natal.
-que venha mais pictografia.

Olinda Melo disse...


Persistente flor.
Metamorfose na reinvenção
do léxico, em dança vertiginosa.
E o besoiro a besoirar tudo, sob o Sol a pique.
E o Poeta que olha para o lado.
Finge?

Manuel Veiga, meu amigo, escreve maravilhosamente.
Comentar os seus Poemas, um desafio prazeroso.

Beijo
Olinda


NA ORLA DOS LÁBIOS...

  O poema desenha-se na orla dos lábios Na íntima tensão do verbo antes de explodir Itinerário de sombra rente à luz   Ou murmúrio...