Flor
rupestre
Alcandorada
na vertigem
A
irromper da rocha
Festiva.
Incisão
alada a desprender-se
Indelével
movimento
Sobre
a pedra
Nua
– a flor
E
a brisa.
Cópula
de sol
A
rodopiar. Em redor
Abrupta
glória
Quase
chama –
Raiz e Ilha.
O poema desenha-se na orla dos lábios Na íntima tensão do verbo antes de explodir Itinerário de sombra rente à luz Ou murmúrio...
9 comentários:
Há flores felizes...
Um poema excelente, com a marca de qualidade habitual.
Bom fim de semana, caro Veiga.
Abraço.
Um excelente poema.
Abraço e saúde
A flor rupestre surge nua em cumplicidade com o sol. A brisa beijou-a e o poeta soube glorificá-la.
E eu louvo a apoteose da palavra.
Abraço e saúde, meu amigo Manuel.
Valorizar a celebração da vida, mesmo que em meio ermo e agreste, é sempre um ato louvável.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Maravilhoso poema!! :))
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Nos labirintos da minha alma.
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Beijo e um excelente fim de semana.
Palavras apaixonadas muito bem descritas com esse maravilhoso desconhecido, é uma criação do esplendor de sua alma.
Bom fim de semana , desejo que você esteja bem e sempre muito feliz.
Muitos abraços com carinho
Raiz e ilha é o teu poema, meu Amigo, das palavras quase chama, quase flor...
Continua a cuidar-te bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
"Raiz e ilha" - lugares de todas as emoções, num desenho
pictórico construído com palavras de grande intensidade.
E a flor rupestre, penso, não almejará nenhum outro destino.
Gostei muito, Manuel Veiga.
Beijo
Olinda
Meu amigo Manuel, teu primeiro verso me traz à lembrança de uma pequena flor que não vi nascer no rochedo, mas a vida emergir do asfalto, cru, poluído, maltratado onde os automóveis passavam e ela ali, na beira do caminho. É, "no meio da estrada tinha uma flor". Lembro que paramos o carro, tive vontade de tirá-la dali, mas seria sua sentença de morte. Então ali ficou e fomos embora.
Lendo seu belo poema, lembrei daquela minha florzinha, com uma garra enorme para viver...só fiquei com pena em deixá-la. Se nascesse na rocha, eu a teria visto com outros olhos.
Beijo, uma boa semana.
"Flor rupestre
Alcandorada na vertigem
A irromper da rocha
Festiva."
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