Vento
agreste a bater – funesto –
A
anunciar, ríspido, a insónia. E a avantajar
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e a seriar cuidados.
Vens,
então, flor altiva. E abro meu tépido aconchego
Ao
teu corpo gelado. E bebo a lágrima.
E
na inconformada dor
E
no medo te estremeço
E
com fervor me digo
Bálsamo.
E
me derramo – oceanos de ternura em teu rosto
E
sopro teu desejo. E mordo teu lábio.
E
por ti me entrego…
E
por ti me digo. E por ti me nego
E
por ti temo …
E
por ti clamo – amado, amigo – flor e dor!
Minha
alegria. Minha paixão sem medida
Minha insónia sofrida. Meu amor
E
minha inquieta ansiedade…
Manuel
Veiga
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