domingo, março 14, 2021

AS CORES DO POEMA

 

Leve fissura apenas. Milimétrica

Tensão da espera

A corroer por dentro

Sem plano

Ou guia...

 

Apenas deslizar de água

Sobre pedra. E a alquimia do verso

E o incauto morfema

E a inquietação do poeta

A engendrar as cores

Do poema.

 

E a dissolver a água

E a pedra nas dores

E alegrias da hora.

 

E na escrita maior

Do Mundo!...

 

Manuel Veiga

in "Coreografia dos Sentidos"

Edição Modocromia - no  Prelo 

12 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Não tenho conseguido deixar-lhe o meu abraço, Manuel...
Vejamos se é desta.

Graça Pires disse...

Enfim, abriste os comentários. Este teu poema tão cheio das cores que a incidência da luz deixa nas tuas palavras. Magnífico!
Cuida-te bem.
Uma boa semana, meu amigo.
Um beijo.

Elvira Carvalho disse...

Abriu os comentários. Está pronto o livro? Quando publicar avise.
Gosto do poema.
Abraço, saúde e boa semana

manuela barroso disse...

Uma alquimia de cores e inquietações num brilhante poema.
Um beijo!

Teresa Almeida disse...

Apetece citar-te apenas, tal é a força da palavra que irrompe do teu sentir.

Enriqueces a qualidade poética da blogosfera.

Aplausos, meu amigo Manuel.

Grande abraço.

Janita disse...

Que dizer de um poema sonhado e pintado com cores tão belas?
Apenas que sempre chego, leio-o, e fico sem palavras...

Um abraço, caro Poeta.

Tais Luso de Carvalho disse...

AS CORES DO POEMA!!
Muito belo e criativo, e assim o poema foi se formando junto a inquietação do poeta /a engendrar as cores / do poema.

Aplausos, meu amigo poeta Manuel Veiga!
Sempre muito bom ler você!
Momentos de poesia em que nossa alma fica leve.

Uma boa semana, com muita paz e saúde.
Beijo

Olinda Melo disse...


O Poeta no seu processo de criação, sem rede, apenas uma pequena luz a penetrar-lhe a alma. E aos poucos vai surgindo essa magia, numa miríade de
cores incautas, apanhadas na emoção dessa alquimia que canta o elixir da vida e que se chama Poema.

Abraço, Manuel Veiga.
Olinda

São disse...

Mais um poema muito belo.

Te abraço, meu amigo

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, amigo Manuel, gostei imensamente desse seu poema em meta linguagem, certamente fruto de grande inspiração e esmero com a forma que lhe dá expressivo ritmo e suave melodia.
Parabéns, Poeta!

Aproveito amigo Manuel para dizer que este blog PANORAMA, criado em 2006, vinha sendo editado com COMENTÁRIOS FECHADOS, mas agora foram abertos. Continuo com os dois blogs, Veredas e Panorama.

Uma boa continuação de semana, com saúde e paz.
Grande abraço.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...


MV

a dor da espera
a alquimia do verso

e o Poeta a derramar palavras
puras a correr
sobre a pedra nua

;)

José Carlos Sant Anna disse...

De mansinho a “coreografia” já se inscreve no muro do tempo a embriagar-nos de poesia.
Grande abraço, caro amigo Manuel!

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