Apartemos
águas. Serenamente
Como
cisne em seu deambular sobre o azul do lago
E
que apenas, por momentos, deixa marca
No
corpo da corrente, sob o cinzel de plumas.
Bem
sabemos do freixo e de sua sombra.
Mas
apartemos águas. Como se nossos corpos pagãos
Adversos
embora – na minúcia das carícias –
Fossem
o mesmo movimento das estrelas
E
o agitar da brisa.
Apartemos
águas, sim. E risquemos todos os nomes
Que
nossa febre se alimenta de excessos e contingências
Perversas.
E nossos corpos são assim a explosão verde
Do
fluir da tarde – e dos dias negados…
Manuel
Veiga
11 comentários:
Poeticamente perfeito, lindíssimo de ler. Gostei muito.
.
Cumprimentos poéticos.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Apartemos águas, mas não apartes de nós a tua poesia!
Te abraço, com votos de que estejas de saúde!
Esse belíssimo poema está um encanto, meu amigo Manuel!
Digo que é uma explosão de sentimentos.
Aplaudo sempre suas criações poéticas!
Um feliz domingo, cuidando-se bastante.
Beijo.
A bem da nossa lucidez, apartemos águas.
Abraço poético.
Juvenal Nunes
Apartemos águas, sim. E risquemos todos os nomes
Que nossa febre se alimenta de excessos e contingências
Perversas."
Que mais acrescentar à lucidez do poeta?
Cuida-te bem. meu Amigo.
Uma boa semana.
Um beijo.
Majestoso, caro Manuel Veiga, um poema superior.
No apartar das águas e no riscar
dos nomes
(sobretudo saber escolher)
está a lucidez de quem ultrapassa as grades
da tirania.
Abraço.
Olá, amigo Manuel Veiga, é sempre com alegria e satisfação que visito este espaço de saber e de poesia. Li esse seu belo poema com a atenção que ele merece ser lido, buscando compreender o sentimento que nele está contido, procurando seus mistérios nos desvãos das palavras poéticas. Resta-me pois, Poeta, render-lhe minhas homenagens por esta sua criação.
Desejo a você uma feliz semana, cuidando-se bastante.
Grande abraço.
Poema belo!
Um apontar de caminhos sem encruzilhadas
ou tibiezas, numa paráfrase quase de:
"Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o
que é de Deus".
Assim se escreve Poesia de excelência,
com Arte.
Adorei, Manuel Veiga.
Abraço
Olinda
Temos mesmo de ir apartando águas.
Um poema sublime.
Beijinhos
Adivinhas que já tinha passado por aqui, mas não me basta uma leitura. O teu caminho é um apelo poético. Abres o verso à pureza, à serenidade, ao excesso e à explosão.
Beijos, meu amigo Manuel Veiga.
Excelente poema, gostei imenso.
Os meus aplausos.
Bom fim de semana, caro Veiga.
Abraço.
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