Da Virtude, o vicio é não ter
Vício. Nem qualidade alguma
Nem vìcio que não diga, de tal forma
Que da diáfana virtude
O negro vício reclama a sua parte
D esplendor
Pois que se virtude temos
No vicio a buscamos – nem se imagina
O brilho da virtude, sem vicio que o negue
De tal jeito que em sua metafisica
Ou ocasional realidade
Se faz suspeito que o Vício e a Virtude
São fruto da mesma árvore.
Verso e reverso da mesma qualidade
Ou perspetiva de diferente olhar:
Maliciosa a puta da virtude
Ou viciosa a pulsão de Liberdade?
Manuel Veiga
05.03.2022
4 comentários:
Um poema que me encheu as medidas. E transbordou.
Abraço, Manuel!
Gostei de ler.
Abraço, saúde e boa semana
O vício e a virtude são frutos da mesma árvore. Há que escolher o que entendemos por vício ou por virtude para não cairmos em exageros de qualquer espécie. Gostei do poema, esta tua forma de provocares as palavras.
Uma boa semana com muita saúde, meu Amigo Manuel.
Um beijo.
Esta dualidade vícios - virtudes está presente em todos nós. Provavelmente conhecemos e aceitamos as nossas virtudes, mas tentamos ignorar os nossos vícios. Penso que o que é importante, é perceber claramente quais os nossos pontos negativos, pois só assim os poderemos eliminar.
Um poema brilhante.
Abraços
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