Escultor
de paisagens o tempo.
E
estes rostos, onde me revejo.
E
as mãos, arados.
E
os punhos.
Sons
de fábricas que morrem
Perdidas
na voragem dos dias
Infecundos.
E do lucro
Sem
fronteiras.
E,
no entanto, esta torrente. E esta fonte
Que
desce em cascata de palavras
Verbo
que se faz carne. E ferve
No
peito a latejar
Rubros
cravos
E
bandeiras.
Nada
é definitivo quando a rocha
Se
abre ao fogo.
Nem
a Revolução um feito
Inacabado.
Antes um horizonte aberto
A
oferecer-se em cada tempo
Sonho
sempre novo
Em
cada gesto
Logrado
Como
um poema sinfónico
Passo
a passo a arder por dentro
Numa
cadência sem idade.
E
este aguilhão e este alvoroço
E
o rosto magoado deste Povo
A
inscrever um tempo novo
Letra
a letra
Liberdade.
Viva
o 1º de Maio
Manuel
Veiga
7 comentários:
Viva o 1º de Maio SEMPRE
Belo poema
.
Cordiais cumprimentos.
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
VIVA!
Que permaneça sempre vivo e palpitante o Dia Do Trabalhador.
Que haja trabalho para todos, justa remuneração, liberdade de expressar o livre pensamento e direito a dizer Não!
Gostei muito das palavras e da intenção de escrever letra a letra a palavra Liberdade na sua construção sempre inacabada.
Muito bom, Poeta.
Abraço.
Viva o Primeiro de Maio!
Os teu poemas, são cada vez mais belos, meu Amigo Manuel.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
ola bom diaaaa.
E este aguilhão e este alvoroço
E o rosto magoado deste Povo
A inscrever um tempo novo
Letra a letra
Liberdade.
Maravilhoso, meu amigo Manuel, poema sentido e muito
verdadeiro, e cabe em todos nós!
Junto-me à amiga Graça: os teus poemas estão cada vez mais belos!
Um beijo, uma ótima semana, com muita paz.
Sempre um encher de alma, os seus poemas caro Manuel.
Que nunca deixe de pulsar o dia 1 de Maio.
Abraço e brisas doces **
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