Ho pórtico da palavra onde - marés vivas
todos os sentidos se dizem e se desfazem
e todos os náufragos se rimam
e todos se revestem de alegrias frustes
Nesse lugar de imponderáveis e de riscos
e de de~matrz de água e
incêndios alvoroçados
devolvo ao mar - que tudo devora
um náufrago nome infrene
e lhe ofereço todos os salvados
e todos os “noturnos despojos”
e todas as miragens
E todas as palavras mortas
e todas as palavras ainda por dizer
e numa caligrafia
íntima - minha flor de sal –
deixo que o próprio sol
se derrame à flor da flor da pele- quer dizer breve – caricia breve!
e bálsamo seja. e limpe
e arda
Fogo fátuo é iluminar por dentro
os dias do porvir…
Manuel Veiga
in CALIGRAFIA ÍNTIMA
edição Poética 2017
5 comentários:
Poema brilhante que me fascinou ler. Adoro o mar. Esse, sempre foi, é e sempre será, uma inspiração para poetas e poetisas.
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Cumprimentos cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Esplêndido naco de Caligrafia Íntima!
Um abraço, Manuel!
Uma forma rica de poetar, feita de maneira intimista, sem desviar os olhos do futuro.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Palavras de uma caligrafia íntima onde tu, poeta, te identificas e te explicas e te revelas.
Uma boa semana com muita saúde, meu Amigo Manuel.
Um beijo.
E assim mostras um pouco do teu intimo, meu amigo.
Te abraço com voto de boa semana
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