domingo, outubro 09, 2022

NO CUME DA INÓSPITQ PALAVRA,,,

 

No cume mais alto da inóspita palavra

E desabridos ventos. No topo mais alto

Das montanhas-e profundos vales

 

No mais cálido despojamento

Dos passos. e de percursos íntimos

Nesse lugar de altivez e gélidas fronteiras

Onde se aventuram apenas asas de Condor

E amáveis gestos. Contidos e parcos

 

Na gloriosa solidão dos guerreiros

Ante um campo de despojos. E seu remorso

E das batalhas perdidas

E das horas gastas

 

E na bravura dos arados

E no perfume dos mostos. E nos olhos rasos

Solto a emoção breve. Soletre o nome

E  desdizendo-me, me digo

Na face um encoberta de um poema

Desprendido…

 

Manuel Veiga

in “CALIGRAFIA ÍNTIMA”

Edição  Poética

 

7 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Oportuno poema...
fazendo apelo
ao desprendimento

Abraço amigo

Jaime Portela disse...

Excelente poema.
Onde o uso da palavras nada tem de inóspito.
Boa semana, caro Veiga.
Um abraço.

Maria João Brito de Sousa disse...

Esplêndida, a palavra!

Um abraço, Manuel!

Graça Pires disse...

Soltas a emoção e eu fico emocionada de te ler.
Tudo de bom para ti, meu Amigo Manuel.
Uma boa semana.
Um beijo.

Ana Tapadas disse...

Uma "Geografia" tão "Íntima"!
Excelente.
Beijo

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, meu amigo Manuel Veiga,
no ponto mais alto da montanha vislumbra-se abaixo,
na planície sem fim, letras de um poema grandioso e o eco
do som saindo do peito do poeta.
Um poema grandioso, caro poeta e amigo Manuel.
Aplausos!
Grande abraço.

manuela barroso disse...

Deixei-me levar por essas enormes asas da tua poesia na emoção da liberdade com que nos arrastas e o cume foi um caminho árduo onde só os grandes poetas são os verdadeiros guerreiros que o alcançam. Permaneço no no sopé da montanha
apreciando ainda o teu voo.
Grande Poema, Manuel, querido amigo!

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