No cume mais alto da inóspita palavra
E desabridos ventos. No topo mais alto
Das montanhas-e profundos vales
No mais cálido despojamento
Dos passos. e de percursos íntimos
Nesse lugar de altivez e gélidas fronteiras
Onde se aventuram apenas asas de Condor
E amáveis gestos. Contidos e parcos
Na gloriosa solidão dos guerreiros
Ante um campo de despojos. E seu remorso
E das batalhas perdidas
E das horas gastas
E na bravura dos arados
E no perfume dos mostos. E nos olhos rasos
Solto a emoção breve. Soletre o nome
E desdizendo-me,
me digo
Na face um encoberta de um poema
Desprendido…
Manuel Veiga
in “CALIGRAFIA ÍNTIMA”
Edição Poética
7 comentários:
Oportuno poema...
fazendo apelo
ao desprendimento
Abraço amigo
Excelente poema.
Onde o uso da palavras nada tem de inóspito.
Boa semana, caro Veiga.
Um abraço.
Esplêndida, a palavra!
Um abraço, Manuel!
Soltas a emoção e eu fico emocionada de te ler.
Tudo de bom para ti, meu Amigo Manuel.
Uma boa semana.
Um beijo.
Uma "Geografia" tão "Íntima"!
Excelente.
Beijo
Olá, meu amigo Manuel Veiga,
no ponto mais alto da montanha vislumbra-se abaixo,
na planície sem fim, letras de um poema grandioso e o eco
do som saindo do peito do poeta.
Um poema grandioso, caro poeta e amigo Manuel.
Aplausos!
Grande abraço.
Deixei-me levar por essas enormes asas da tua poesia na emoção da liberdade com que nos arrastas e o cume foi um caminho árduo onde só os grandes poetas são os verdadeiros guerreiros que o alcançam. Permaneço no no sopé da montanha
apreciando ainda o teu voo.
Grande Poema, Manuel, querido amigo!
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