quarta-feira, março 20, 2024

CELEBRAÇÃO DO TRABALHO


 

Ao centro a mesa alva

sonho de linho distendido como altar

ou cobertura imaculada sobre a pedra

e a refeição parca…

e copo como cálice

de mão em mão servido

e as gargantas ávidas

e o pão e a água

repartidos…

 

celebração do trabalho e

cerimónia mítica

e o suor dos corpos

como Hino…

 

Manuel Veiga

5 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Deslumbrante, O meu elogio
.
Saudações poéticas e amigas
.

Maria João Brito de Sousa disse...

Não creio que possa haver hino mais belo do que o da celebração do trabalho

Um abraço, Manuel!

lis disse...

Me faz lembrar a mesa posta, lindamente, e
biblicamente a fala poética:"Porque todas as vezes
que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a minha morte"
_algo assim, eu gosto dos versículos.
É a Páscoa,mVeiga hora de renovar os votos,quaisquer que sejam.
Um abraço e bons dias.

Tais Luso de Carvalho disse...

Que belo, querido amigo, "Celebração do Trabalho"!
Muito bom mesmo vir aqui ler nosso amigo poeta!
E hoje vim deixar meu abraço, meus votos de uma
linda Páscoa junto aos seus queridos!
Muita paz, saúde e felicidade sempre!
Beijo, amigo!

Olinda Melo disse...

À roda da mesa a divisão do que há,
parcamente conseguido. O óbolo da
soludariedade e do altruísmo, dito
em magníficas palavras poéticas.

Boa Páscoa, Manuel Veiga.

Abraço.
Olinda

ESCULTOR O TEMPO

Escultor de paisagens o tempo. E estes rostos, onde me revejo. E as mãos, arados. E os punhos. Em luta erguidos…  S ons de fábrica...