Na suavidade da pele onde amarras e tabus
Se quebram. E todas as juras
E todas as palavras se abatem –
Lume ardido – e as salivas são incisões
Pictogramas na raiz do frémito.
E as línguas se dizem palato
No rubor dos murmúrios
E se esbanjam opulentas e vernáculas
Morfemas de lume a crepitar
Nos espasmos …
E os corpos já não corpos
Dança de signos e sintagmas
Bailado de licores e gestos
E pedestal e moeda viva
E morfema onde te digo líquida
E te reclamo métrica e partilha – verso e reverso
Da mesma fala
E te digo padrão e síntese.
E resgate de todas
As memórias…
3 comentários:
Bom dia:- Belo poema. Intenso, profundo, que aplaudo e elogio
.
“” Feliz Fim de Semana ““
.
A fala dos mistérios que se metamorfoseiam em sons..
líquidos e prazerosos, uma linguagem apenas conhecida
de quem ousa sonhar .
Belo poema, amigo Manuel Veiga.
Sempre a considerá-lo.
Abraço
Olinda
Pois esse é o meu amigo Manuel Veiga, trazendo
para nós belíssimos poemas, deixando aqui seu
já tão reconhecido talento!
Aplausos ao querido amigo!
Um bom final de semana, Manuel!
Beijo.
Enviar um comentário