São os deuses traiçoeiros em seu delírio
E as pátrias decidem as bandeiras
Como destino dos homens.
Em cada dor, porém, uma tempestade
E um rasgo de mãos acesas
Sem fronteiras.
Nada do que é humano respira sozinho
E os Povos não reconhecem oceanos
E todos os rios são a mesma sede
E crestados lábios.
E todas as fomes se somam
E todas as angústias são látego coletivo
E em cada luta há sempre um afago indefinido
E em cada muro um grito subterrâneo
Que explode em cada gesto
De dizê-lo.
Nada os deuses nos devem
Mas são os homens que se inventam
Em cada dádiva de amor rebelde
E liberdade…
E quando um Povo sofre (ou se liberta)
É toda a Humanidade!…
Manuel Veiga
4 comentários:
'E em cada luta há sempre um afago indefinido'
Bela, Imagem.
Boa tarde:- Poema fascinante que muito gostei de ler
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Domingo feliz, com Saúde e Paz.
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Poema: “ Abra o coração ao amor “ .
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A Humanidade é um todo, mas existe sempre quem assim não pense.
Por isso , aparecem fantasias assassinas sobre raças superiores e povos eleitos.
Abraço, boa semana.
Bandeiras são símbolos. Fronteiras são, por vezes, fabricadas. Para o nosso mal
a Humanidade se desumaniza. E o que é humano perece.
Poema magnífico, amigo Manuel Veiga. Nestes tempos de grande desolação temos de nos reinventar.
Abraço
Olinda
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