Desfaz a Tenda dos Milagres, poeta!
Pois a ti te bastam os ecos
E o topo das montanhas
Que são vertigem…
E afasta este azul nítido
Tão líquido azul que magoa. E se perde
Lá ao fundo…
E cala o sonho do sonho
E a asa. E o golpe que por vezes assoma –
Verso que desponta no reverso
E inebria…
E cala também o beijo dos amantes.
E os dias de verão e
Bem assim o inverno…
Que este vinho antigo
E este lastro. E este perfume decantado~
E esta gravitas
São já tanto!...
Manuel Veiga
3 comentários:
Profundo poema. Te mando un beso
Obrigado pela força das palavras.
Até já!
Graça Alves
Este perfume decantado e esta gravitas - Já são tanto!
O peso, a gravidade, a ética, e o perfume da vida,
Manuel Veiga. Tudo se entranha neste seu poema como
o sangue que leva a seiva que nos dá alento. A Tenda
dos Milagres continuará a fazer milagres e a mostrar-nos
o longo caminho da dignitas.
Grande abraço.
Olinda
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