No solstício dos
dias ardidos e no mais alto cume
Das montanhas
onde os deuses se resguardam
E em seu
desenfado jogam aos dados sobre
O destino dos
homens...
No inaudível som
das esferas em seu itinerário
De fogo e gelo.
E nos acorrentados passos que rasgam
Os caminhos. E
nas dores do mundo. E nos espinhos.
E nos inquietos
dias.
E na passageira
glória dos dias faustos e no rosto
De nossos
mortos. E no sangue aceso.
E na alegria
solidária. E na luta
Ombro com ombro
– firmes em nossos gestos
Erguidos em
explosão de punhos...
E no dulcíssimo
seio das mães. E no regaço onde
Cansados por
vezes tombamos. E na ternura das crianças
E no pródigo
nome que trazemos. E que honramos -
Fio de água no
fervor das cinzas...
Aí nesse mítico
lugar onde nos damos. Fecundos.
Inscrevo em teu
rosto minha palavra ígnea e em tuas mãos
Deponho a vara
do tempo e todas as marcas inscritas
(Passadas,
presentes e futuras)
E te declaro
guardião
Do sangue
E da gesta
Em que
Ardemos.
Manuel Veiga
(No quadragésimo
aniversário de meu filho)
5 comentários:
Um belo presente de aniversário!
Parabéns para ele e para toda a família!
Abraço
Parabéns ao filho, beijo aos dois.
Um poema belíssimo!
uma prenda muito bela.
parabéns aos dois!
:)
"Inscrevo em teu rosto minha palavra ígnea e em tuas mãos
Deponho a vara do tempo e todas as marcas inscritas" Um poema muito belo para o teu filho. Parabéns para ele e para ti.
Quanto à tua "festa" já me foi relatada por uma amiga...
Um beijo.
Nunca é tarde para estender o abraço ao filho do Poeta Amigo e Irmão.
Sempre!
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