Antes que as
margens se afastem infinitamente
E o rio seja o
turbilhão de lava
Frio de nada...
Calo a lágrima
E beijo a terra
na ubérrima mão
Do que por ti
fomos
E das lonjuras
que logramos...
Na flor tatuada
dos dias
E na vara do
tempo onde gravamos solstícios
E os nomes
E as sombras
Entrelaço a
folhagem do carvalho
Em tua fronte
Como templo...
E soletro o frio
E a amargura da
Hora
E calo o
peito...
E ergo-me
Medianeiro
Encruzilhada de
torrentes e dos invisíveis fios
E da seiva que
somos...
E evoco os
caminhos
E a voz do
sangue
E os passos que
são
E os passos que
se anunciam...
E solto tuas
bênçãos
Na carne da
minha carne
E no sorriso da
criança com teu nome:
- António.
8 comentários:
Os teus Antónios. Com que comoção li este poema meu caro Manuel.
Um abraço fraterno
Memórias sentidas, herança intemporal.
Tocou-me, meu amigo!
Abraço
Oh...maravilha!
Beijo meu
No fundo à vista
que vivam os nossos mares desgrenhados
Abraço
Evocar caminhos, sangue, voz, afectos e abraços com os lábios molhados na seiva do amor paterno... Belíssimo!
Um beijo, meu amigo.
Ecos de nós sempre acesos, em nós!
Iluminam!
Beijo
Belíssimo poema...Mais que uma oração.
Beijo, Manuel!
Um belo e comovente poema.
Excelente, gostei imenso.
Boa semana, caro amigo.
Abraço.
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