Quando nudez explode generosa flor
Em pétalas (re)colhida.
E os olhos se derramam
Como o rio sobre
as margens.
Ou perfume raro
que inebria
E ousa e perdura
Subtil presença.
E os sentidos
são poema e sinfonia
E o sorriso
serena entrega
E o olhar se anuncia
Mergulho
E roteiro
E secreto
Mapa
E ventos
labaredas em fusão de bocas
Vaivém e ondas
soltas
A explodir em
pontas
Bailado de salivas
E de urgências
Várias.
E os corpos já
não corpos.
Apenas sede e
águas!
O mar é apenas
gota
Marés cheias
São ternuras
E as ondas
Alvoroço.
Flor de espuma que
abra(s)ça
E se extingue. Êxtase.
Flor de lume.
Fecunda.
A derramar-se – lago
Flor de lume.
Fecunda.
A derramar-se – lago
E mastro.
Manuel Veiga
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