Na suavidade da
pele a caligrafia
De todos os
nomes letra a letra
Urdidura dos
lábios no percurso da sede
E desmesuradas
línguas
Notas de uma guitarra a arder na combustão dos corpos
E clandestinas
grutas
Como chamas.
Não somos –
declinamos o tempo
No encantamento
dos olhos a derramarem-se
Por dentro na
doçura do rosto
E no sinfónico
movimento do voo
E na
incandescência alada dos murmúrios
Assim libertos –
grito sustenido
No âmago. A
explodir desmedido
Qual poema
líquido.
Manuel Veiga
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