Do curso dos
barcos busco a quilha
E o sulco das
águas. Que nada me seduz na amurada.
Ainda que
festiva.
E do fio dos
dias sorvo, não a espuma,
Mas o âmago – ainda
que amargo!
E destilo não a
lágrima, mas o grito.
E sei bem de
meus cansaços.
E de meus passos.
E não temo meus (des)caminhos.
Ainda que árduos.
Não me peçam que
siga por atalhos.
Sigo minhas
margens e os meus rios. Solidário
E inteiro me
dou - naquilo em que acredito.
Ouso o que tenho
que ousar. E sem enfado me rendo
Se for o caso.
Mas meu olhar não se dobra
Aos olhares que em mim se fitam.
Não que seja
temerário - que de meus medos
Não falo. Mas
porque assim me atiçam
As vozes que em
mim habitam.
Manuel Veiga
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