E por vezes as noites
duram meses
E por vezes os meses
oceanos
E por vezes os braços
que apertamos
Nunca mais são os
mesmos. E por vezes
Encontramos de nós em
poucos meses
O que a noite nos fez em
muitos anos
E por vezes fingimos que
lembramos
E por vezes lembramos
que por vezes
Ao tomarmos o gosto aos
oceanos
Só o sarro das noites não
dos meses
Lá no fundo dos copos
encontramos
E por vezes sorrimos ou
choramos
E por vezes por vezes ah
por vezes
Num segundo se evolam
tantos anos.
David Mourão-Ferreira
6 comentários:
Boa tarde. Admirando a beleza maravilhosa do seu poema/publicação, passando também, para desejar um ANO NOVO de 2018, muito feliz, extensivo a família e amigos..
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hoje: * Embriaga-me nas tuas Emoções *
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Continuação de boa festas.
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Passando, lendo, e deixando a minha mensagem de Ano Novo
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Tema: -- FELIZ ANO NOVO DE 2018 --
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Abraço
O poeta que teve a mãe a ensiná-lo a ler e o pai a contemplar meditando sobre a passagem do tempo. Não poderia ter escolha melhor. Um poeta vigoroso que sempre mostrou paixão pela escrita.
Um caloroso abraço, meu caro amigo!
Bom dia, Caro Manuel Veiga
Muito bom encontrar aqui David Mourão-Ferreira e com este poema que nos faz ver como o tempo é um dado relativo, dependendo a sua relevância dos nossos sentimentos e daquilo que esperamos da vida.
Abraço
Olinda
Magnifica partilha, Manuel!
Precioso e delicioso, apreciar este poema de David Mourão Ferreira!
Beijinho!
Ana
Apreciei imensamente esta preciosa
leitura de grande Poema e grande Poeta.
Grata pela partilha de excelente
bom gosto! !
Beijos, amigo.
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