Todas as ausências são o
lugar abstracto
Das dores e das mágoas
que em círculo
Celebram o estertor da
palavra.
E prenunciam a euforia
Dos silêncios.
De nada vale
queixar-nos: nem as palavras,
Nem as coisas, em sua
linguagem muda,
Sobrevivem ao colapso
das formas.
Nem ao surdo rumor das
esferas
A desenharem o perfil
invisível dos dias.
…………………………………………………..
Todas as magnas coisas fluem
sem cessar.
Sem nada pedirem. Ou
deverem.
E em sua inocência,
Abrem-se e fecham-se, tricotando,
mudas,
A caligrafia do Mundo.
E o ritmo dos caminhos.
Manuel Veiga
9 comentários:
Um poema excelente, parabéns.
Felicidades para o lançamento do teu livro "Do amor e da Guerra". E muito sucesso.
Bom fim de semana, caro Veiga.
Um abraço.
Um poema sensível que em disse muito
Hoje:- Sou o bago adocicado que tu beijas.
Bjos
Votos de um óptimo Sábado.
Boa tarde Manuel,
Um poema extremamente belo.
Desejo-lhe muito sucesso para o seu novo livro.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Um poema tocante. Adorei :))
Hoje:- Sou o bago adocicado que tu beijas.
Bjos
Votos de um óptimo Sábado.
Um poema de excelência. Lindo demais.
.
* Utópicos versos rimados num abraço entre namorados ( Poetizando) *
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Deixando um abraço poético
Seria uma dádiva, se na confluência das esferas , tudo permanecesse com a mesma voragem dos dias eufóricos de verão. Haverá sempre um outono por perto , ensombrando dias que parecem luminosos. Haverá sempre palavras e alegrias outonais.
Belissimo poema, como sempre
Beijo, Manuel
Caro amigo,
E "todas as magnas coisas fluem sem cessar", como a tua poesia, abrindo-se e fechando-se a "desenhar o perfil invisível dos dias".
Forte abraço,
"Todas as magnas coisas fluem sem cessar". Assim a tua poética, meu amigo Manuel. Uma inteligente e invulgar "caligrafia do mundo". Amei.
Beijo.
Decididamente, a ausência, não será um terreno fértil para a existência de alegria e satisfação, na falta dos envolvidos que a podem materializar...
Um belíssimo trabalho poético, que tão bem o expressa...
Beijinho
Ana
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