Ergo-me desta poeira
E das farripas de um
tempo solto.
O horizonte é branco. Reflexo
de cal
Nos olhos trôpegos e
emoções alardes
Prenúncios que mastigo
no declínio
Dos passos – arfar de
mostos
E de fermentos recidivos!
Sou esta litania de sons
e cores
E esta procissão pagã de
gestos!
Manhãs orvalhadas a
alimentar
O frémito e a colorir
afectos –
Pomares que teimam
Generosos.
Amoras pregoeiras
E incautas bocas!
Manuel Veiga
Sem comentários:
Enviar um comentário