No âmago da palavra
Uma tensão muda. Que se
liberta
Flor e pétalas
De sol
Solstício. Ou talvez um
ensaio de cores
Rebeldes que se esquivam
Na fluência da paisagem
E se inaugura
Timbre de harpa
Nas salivas. Cântico
De maduras uvas a
desfazer-se
E peregrinas
Bocas…
Pagãos os dedos
Rubor os sulcos...
E os corpos!
Pagãos os dedos
Rubor os sulcos...
E os corpos!
Manuel Veiga
1 comentário:
Sem comentários. Ainda(?!). O belo até parece ter ficado embutado nas mentes pelo forno estival.
No entanto, as palavras vibram incandescentes, na urgência que toda a boca carece.
O poema lembrou-me Eugénio.
Abraço.
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